Dentre as condições de saúde proporcionadas pelo autismo está a disfunção sensorial da visão. Esse comprometimento pode dificultar o ato de enxergar do autista desde o seu primeiro ano de vida.
O TEA (Transtorno do Espectro Autista) possui vários níveis de agravamento das funções sensoriais, podendo ser desde os leves até os mais severos.
Nesse artigo vamos abordar especificamente o problema oftalmológico de sensibilidade à luz ligado ao autismo. Boa leitura!
O que é disfunção sensorial?
Conhecido também como transtorno do processamento sensorial, essa condição se refere a distúrbios biológicos que impactam na capacidade do cérebro de entender os estímulos sensoriais.
Esses estímulos podem ser todos os que o corpo humano é capaz de sentir, como o cheiro, os sons, as luzes, as cores e os sabores, por exemplo.
A disfunção sensorial não está ligada somente com o espectro autista, também pode estar relacionada com deficiências intelectuais, porém pessoas dentro do espectro estão mais propensas à essas sensibilidades. Por isso, é fundamental que seja investigado quais são as situações que causam maior incômodo a cada indivíduo.
Como a disfunção sensorial atinge a visão do autista?
Não existe uma regra, cada pessoa com autismo possui um impacto diferente na visão, porém os sinais mais comuns são o excesso de sensibilidade à luz, promovendo a visão distorcida e a sensação de luzes muito mais brilhantes do que elas verdadeiramente são.
Essa sensibilidade pode causar grande incômodo ao indivíduo e atrapalhar a sua socialização por evitar estar em ambientes com muita iluminação.
É extremamente importante a detecção do grau de sensibilidade para que seja possível melhorar a qualidade de vida da pessoa.
Quais as outras formas de manifestação de sensibilidade em autista?
Além da sensibilidade na visão, também é possível verificar as seguintes disfunções sensoriais em autistas:
- auditiva: surdez aparente, emissão de sons repetitivos e incômodo ao ter contato com alguns ruídos;
- cinestésica: andar com as pontas dos pés ou se locomover de uma forma não convencional;
- vestibular: alterações no equilíbrio e relacionados aos movimentos de balanço;
- somatossensorial: excesso ou perda da sensibilidade ao frio, calor e as dores física, também pode proporcionar atração e/ou repulsas por toques;
- olfativa: incômodo com alguns cheiros impactando diretamente na alimentação;
- e sensibilidade bucal: seleção de alimentos por relação a texturas, cheiros e sabores, ocasionando também a exploração de objetos não comestíveis.
Todas as percepções do responsável sobre a saúde do indivíduo dentro do espectro, devem ser anotadas e informadas ao médico responsável pela manutenção da saúde. Caso seja verificada alguma situação de agravamento, outros profissionais especialistas serão acionados para iniciar o tratamento adequado.
Agora que você já sabe sobre o autismo e a disfunção sensorial da visão, leia também sobre os principais problemas oculares que podem afetar crianças e mantenha-se informado sobre a saúde de sua família.